"Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque nós não podemos desistir da vida."

Martin Luther King

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Primavera

“Era uma vez uma estação que estava sozinha. Era triste ver que uma estação estava a chorar.
De repente chegou o Verão. Ele disse: “Ai que calor”. A Primavera achou graça.
Houve um dia que o Verão não tinha amigos. Foi-se embora o Inverno e o Outono.
Chegou a Primavera a perguntar onde é que foram os amigos dele. Ele disse que foram embora e deixaram o Verão.
A Primavera disse que podia ser amiga do Verão. E o Verão disse, então vamos ser amigos. E foram amigos para sempre".


Fotografia de Ricardo Cardoso,  2006.


Texto escrito para a comemoração da Primavera, na escola, no dia 21 de Março.
Eu tinha, então, 7 anos.



Fotografia:
http://olhares.sapo.pt/a-minha-cor-e-diferente/foto530132.html

Arte de um Artista.


a responsabilidade de um matemático é resolver todas aquelas equações.
a de um biólogo, estudar a roda da vida.
a de um físico, entender as origens do rei Universo.
a de um químico, é descobrir os mistérios das coisas.
já a de um artista, é

sentir.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Teu prejuízo, de mim.




Pobre de Ti.




'Oh esta mulher,
dá-me cabo do juízo!
És um profundo mistério,
um autêntico Paraíso.

Oh, tem misericórdia!
Não me iludes mais
este meu pobre prejuízo...'




Foste, logo és. Morrerás sempre sendo.





Quando tu és
jazes para o sempre,
até na tua morte
em forma de serpente
mas mais concretamente: celestial.
Desaparecerás tornando-te
numa entrada
(lá do cimo bem alto dos céus).

Serás uma nascente divinal
pois, afinal
nunca morrerás,
literalmente,
pois viveste e acima de tudo
nasceste.
Que infortúnio azar o teu!
o Meu!

por isso
até o sol se pôr nos céus sem luz,
 teu lema permanecerá
'Entre'.

Essência do se Ser.



René Margritte
'Decalcomania'


perguntam-me quem quereria ser.
'astronauta, bombeiro, médico, advogado, cantor, escritor...
Madre Teresa,

um salvador?

talvez, não sei bem.
não sei.'

 Foste alguém? querem saber.
'bem, nem eu sei se serei um ser, quanto mais muito menos saber
e se fui.
mas aqui irei, este alguém, ou que fora já quem,
não sei,
responder,
simplesmente, citando:
nem sei se vivi, ou se sempre morri.
nem sei sequer se serei eu um Eu.'

conclusão: não sei bem.


indagam-me agora, sobre quem sou.
minha resposta,
pensando primeiro
(que raios de perguntas! maquiavélicas!insuportáveis!),
reflectindo depois,
ou mesmo agora:

'Sou Ninguém.
Serei Ninguém.
E fui Ninguém.

não sei quem fui, ou se fui, muito menos se algum dia serei.
a meu ver, não viverei
muito menos existi.

p'ra voçês,
opinião,
isso já não sei
não me cabe mais a mim.

voçês só vêem o mais físico.
já o emocional,
o celestial,
o divinal!
muito menos miram,
questionam,
ou mesmo
admiram.

Por isso,
sou Ninguém.

Sou um bêbado,
um pau de dois bicos,
um recanto,
uma teia de pó.

Sou um mendigo,
um vagabundo traficante
de palavras insgnificantes,

sou Ninguém.

serei do além?
ou serei
ou fui, ou sou
 mais
do que tu?

do além?
mais?

menos?

serei.



o resto, já nem sei ...'.

Ossos Dela





ossos dela
que tanto afloram,
que tanto escondem
sua mente vagueando
pelo mundo fora,
pelas terras
conversando.

ossos dela
que tanto escondem
como compartilham
todos seus sentimentos
absurdos, rídiculos
talvez
que vivem
toda a sua tez.

ossos dela
devorem sua mente,
que me reina
insconscientemente.

ossos dela
oh dela!
libertem-na,
libertem-ma!
para mim,
só para mim!
derretam-na!
p'ró meu inferno ...

ossos dela,
me escutem:
quero-a viva ou morta,
apenas a ela.
ossos dela, venham também
minhas portas estão abertas
p'ró mal
e p'ro bem.
acima de tudo: tez animal.


ossos dela, sois o bem.
e eu a morte,
contudo, Ela
que jaz reconfortávelmente,
nos meus leitos,
docemente,

o Mal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aquele ...





Existem muitos caminhos à tua escolha mas, a verdade, é que só podes honestamente viver um só.
Pisa as terras do teu próprio destino. Descalça te para novos desafios. Confia nos teus próprios instintos.

Vive. Vive o teu próprio caminho.
Luta para seres feliz.

Acredita.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012



“As dificuldades devem ser usadas para crescer, não para desencorajar. O espírito humano cresce mais forte no conflito.” 

William Ellery Channing


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Só quem continua a desafiar o escuro, um dia será recompensado com a visão da luz, 

e por fim
ser Iluminado. 



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Para ti _ _ _ _ _.






"I am a dreamer but when I wake,    
 You can't break my spirit - it's my dreams you take." 

Viste-me chorar, e a rir também. Eu vi-te a crescer e a tornares-te num homem. E vi crescer também a nossa amizade, pelos menos da minha parte.


I  was addicted to you" 

... apesar de nunca to ter  mostrado.
Medo e timidez reinavam em mim; eram defesa minha sobretudo.
Estúpida fui. Cobarde também. Errei? Deveria ter arriscado? Oh com certeza que sim. Quão arrependida estou...

Mas há quem te tenha mais do que eu, e se calhar também num outro passado, quando pensava que podias ser meu. Que ilusão a minha! Fui cega, mas tu também. Fomo-los juntos.  
Pois nunca conseguiste ler nos meus olhos aquilo que eles te tentavam dizer...
  [admite, foste]



"I am here for you if you'd only care.
you touched my heart, you touched my soul.
you changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you."

 Eu continuei a estar para ti. Continuei a pensar em ti. Continuei a preocupar me contigo, mesmo longe...
Não o quiseste.

Sim, continuei a amar-te, apenas e só em ti...
Merda!  Foste a única adição maldita a que me meti!
Ainda me tento livrar dela, com muito contra-gosto à mistura, admito. Pois este vício em tempos tinha outro sabor: era doce e alegre. Mas agora...agora sabe a tristeza, sabe a saudade,
sabe a margura.

 As pessoas mudam, assim como os seus "fados". [ procura o outro significado de "fado"]
 Tu mudaste. Eu também.

Mas foste único, fabuloso, divertido, inteligente, charmoso, simpático, cavalheiro, professor, artista.
Perfeito.
[podias não o ser para o Mundo, mas para o meu eras]

Acima de tudo [felizmente!]  foste um AMIGO.
Foste uma das poucas pérolas que alguma vez pude ter: sorte a minha de outrora e azar o meu de agora de a ter perdido! 

Foste um ombro a quem eu pude agarrar. Uma palavra de força. Uma palavra amiga. Uma esperança. Eras alegria, sorriso, brancura, pureza, angélical, era pura Beleza para mim!

Mas acabaste  por te tornares num vazio meu,
só meu. 
Foste a minha  tristeza, medo, saudade e fraqueza... 

Amei-te. 

Às vezes ainda desejei ter de volta todos os momentos que pássamos juntos...Assim como as nossas conversas, passeios, gargalhadas... mas acima de tudo, o teu sorriso, o meu, o nosso!

Mas agora tento te esquecer, tento fazer-te parte do meu passado, tenho!
Esta jornada está a acabar: a luta contra este vício.
O meu desejo de ti está-se a acabar, a cada dia que passa, um pouco mais longe de ti, de nós!

Se por acaso começaste a ler o que te escrevi, e ainda o fazes, já o sabes agora.
[refiro-me ao 38º verso - o qual fora muito genuino para mim e que sempre o estimei muito] 

Mas podes ficar com ele, já não o quero, só me magoa. 

Espero que aquela flor de papel não tenha murchado tanto quanto a nossa amizade.
Sim, a rosa podia nem ser real, podia ser feita de papel, mas para mim fora bem mais viva do que como a criaste. 
Afinal aquela fora feita por ti, apenas para mim. Eu nem sequer ta tinha pedido. Foi pelas tuas doces mãos que ela nasceu. Mas porquê?
Porquê que a criaste? Nunca mo disseste... 
Ou será que até eu fui cega, ao não conseguir perceber o seu significado?

O que interessa, é que já não a tenho. Roubaram-ma, ficou numa outra casa... 
[tu sabes, a do verme]

Por fim, foste um último abraço, da qual não senti nada, a não ser o teu vazio e distância...


murchou aquela Amizade, daquela nossa infância?
Não sei, diz-me tu.



"Goodbye my lover. Goodbye my friend. You have been the one.
You have been the one,
for me."


FIM _ _ _ _ _ .

sábado, 4 de agosto de 2012

Não há uma cara para uma profissão, há sim um gosto,
e sobretudo uma Paixão.


Por isso, nunca desistas dos teus sonhos, mesmo que te digam que não fazes o género daquilo que sonhas, ou que não tens qualidade suficiente, ou que não és bonito o suficiente, ou ainda que não és nem rico e inteligente o suficiente.


Pois ninguém mais para além de tu próprio é que sabe o esforço que fazes, de modo a atingires esse teu sonho. 


Pois como Thomas Edison já dizia " Talento é 1% inspiração, 99%  é transpiração."


O que te dá de facto valor, é o teu esforço, não ligues aos outros que te tentam rebaixar, pois eles desistiram de sonhar pois prefiraram acreditar nos outros do que neles próprio.Tu vales aquilo que vales. És único.






sábado, 2 de junho de 2012


"Até mesmo o pássaro que voa mais alto uma hora tem que pousar no chão."





Há sempre pedras no caminho, só tens é de contorná-las. ;)

De Costas.

Aqui estou eu sentada,
de costas para o caminho,
no comboio
  (talvez da vida, talvez não)
por cima das águas, outrora, dos sete cantos do mundo
 descobertos um dia pelos meus também antepassados,
quem saiba.

Parto de costas e isso não vale,
não é nada.
É uma grande batota minha, é sim senhora.

Pois bem tento virar as costas a um passado
 tenebroso, obscuro,  pesado e violento,
mas mesmo assim fugindo dessas tempestades
 fujo um pouco mais cobardamente
do que restantes outros seres.
Pois embora, siga
neste comboio
em frente a outros destinos,
 a outros caminhos,

continuo a viajar de frente para o passado

 e de costas para um futuro.


Ricos.

É inútil perseguir os ricos, pois eles sabem sempre uma maneira de nos escapar.

25 Maio. - Inspirado no teatro d' O Bando, peça Ainda não é o fim.

Genialidade.

A diferença da raça dos grandes génios humanos é que eles não foram simplesmente reproduzidos, como tantos outros mortais, mas sim produzidos. A sua origem, única e intrigante, não precisou de algum pré-modelo, que no fundo é o que todos nós temos medo de não ter, e isso é a razão da rara nascença de uma Genialidade.

25 Maio.

Palavras. Desistir - não.

O mais importante não é criar novas palavras, mas sim não desistir das já criadas e que ainda pouca força têm, para que possam um dia, finalmente, entranhar nas nossas consciência, depois de estranhar.

25 Maio.

terça-feira, 22 de maio de 2012

sábado, 12 de maio de 2012

Ponto Final.


Foram muitas vírgulas
Passaram a pontos e vírgulas
Até que decido escrever o meu próprio Ponto Final

Goodbye my darling

Fim.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Arrisquei com quem não devia,
e deixei escapar quem me merecia...

Há erros que nos custam perdoar a nós próprios.

E eu ainda não me perdoei a mim própria.

sábado, 5 de maio de 2012

Julgamentos.


Existem pessoas por aí que postam frases no facebook, twitter e mesmo nos blogs como "Não julgues antes de conhecer primeiro" e tal. Mas a verdade é que são essas mesmas pessoas, as primeiras, a julgarem pessoas estudiosas, como nerds, pessoas feias, magricelas ou mesmo gordinhas, como fracas, e acima de tudo que julgam os incompreensvos e os que não se inserem nos padrões da sociedade como falhados. Não percebo este grande paradoxo.

Por isso antes de me chamarem de nerd, fraca e falhada vejam primeiro a minha essência, e só depois a minha aparência.




Posso estar escondida, mas não significa que não esteja a olhar por ti ...




Para quem quer mesmo mudar um erro não tem como desculpa o passar do Tempo ...





domingo, 29 de abril de 2012

Faz tanta diferença, que nem consegues dar por ela... 

Carta jogada.

Há quem jogue cartas ao ar e depois ainda as tente recuperar.
Mas há certas coisas que simplesmente não se recuperam,
pois o vento já as levou,

para bem longe.

Tempos

Existem sempre três tempos em toda a nossa vida: o Passado, o Presente e o Futuro.

Em relação ao futuro, tememo-lo.
Ao presente, desprezamo-lo.
E ao Passado, tentamos esquecê-lo, mas é o que mais impacto tem sobre nós...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...

Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi 
dado.

Pois tudo aquilo que é 
realmente nosso, nunca se vai para sempre..." 



Bob Marley

terça-feira, 24 de abril de 2012


No início.

  
No passado.


Agora.
Parvo 



"Quando a saudade não cabe no peito, transborda nos olhos."

Mais outro desabafo.

custa-me tratar-te desta maneira, mas às vezes tem de ser...
às vezes tens de ouvir certas verdades. cruas e nuas. que te fazem remoer os pensamentos, e que me quebram aos pedaços.
custa-me. a sério que me custa! embora nunca to mostre...
eu sou muito boa a fingir. é só isso.
por isso espera só mais um bocadinho.
eu quero-te dar uma segunda oportunidade, mas ao mesmo tempo não, pois quero te mostrar o quanto me custou ter-te visto a fazer o que fizeste.
mas quero dar-te uma segunda oportunidade!

se me tens ouvido nestes dias, a mandar-te indiretas, a dizer-te certas verdades, a quase gritar contigo e até mesmo desprezar-te...
agora é a minha vez de te pedir que me ouças mais uma vez,
não to quero obrigar, por isso, é que te peço.

Vamos voltar aos nossos tempos de outrora. Em que brincávamos, em que riamos e falávamos horas e horas. Quero voltar às nossas brincadeiras ingénuas e tão doces. Quero voltar a ter o teu sorriso mais uma vez. Quero voltar a sentir o mesmo que sentia por ti...
Quero esses tempos de volta! Quero esquecer o passado, não as partes boas, mas as partes menos boas...

"______ eu acho que sinto algo mais por ti..."
Eu disse-te isso. Fui o mais sincera que poderia ter sido.

Esquece todas as outras verdades, mas não esta última, por favor...

Outra vez?
Segunda oportunidade, para ambos?  




Eu caía. Levantava-me.
Eu chorava. Eu limpava-me.
Eu tremia. Agora olho em frente!

sábado, 7 de abril de 2012

If i ever die, i would prefer to die with you, but not inside you...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ser Génio é uma tarefa solitária.

Desabafo.


Não te percebo. Num dia, amas-me. No outro, desprezas-me.
Tu não sabes amar, não sabes dar valor a uma vida que te fascina! Pois simplesmente tens medo, medo de ser rejeitado, espezinhado!
Cobarde! Sim tu! Tu és um cobarde!  Enquanto tu não enfrentas os teus medos, aqui estou eu à janela apanhando toda esta chuva, esperando por ti, que apareças à minha porta, ingenuamente...
Eu amo-te!
Sim senhor!
Eu amo-te!
Mas já não sei até quando, já não sei se perdurará este meu sentimento... E era suposto ser meu, só meu! Mas tu roubaste-mo! Espezinhaste-o!  Primeiro choras e lutas por ele como se fosse o fim do mundo. Mas depois despreza-lo como se fosse um simples verme que te rasteja pela tua pele, gélida,  fria e distante. Tu não me mereces. Todo este meu sofrimento e dor!
Não o mereces!
Vai para a outra. Vai. Ela que não te conhece tão bem, como eu. Ela que não te percebe, como eu. Ela que não te deseja tanto, como eu!
Cobarde! Estúpido!
Cobarde!
Nem os teus próprios sentimentos os consegues confrontar. Não os consegues perceber, não queres saber  o que é feito o Amor. Simplesmente não queres...
Pois bem! Se não o queres saber, fica a saber que não ficarei mais à tua merçê dos teus jogos! Que não  icarei mais à tua espera sentada na esquina sem saber o que fazes! sem saber como me trais! Até que te encontre agarrado à outra...
A outra é menos profunda, não sabe o que é a vida. É falsa! É má! É vil! Roubou-me o ser mais precioso  ue eu tanto amava! Ela conseguiu cegar-te com os seus joguinhos fatais, com o seu corpo, com o seu  sangue... Pois tu preferes corpo ao espírito, à obra, à alma! Ela comprou-te, enquanto me roubava de ti...
Eu dei-te um abrigo! Alimentei-te de carinho e afecto e amor! quando mais precisavas! Dei-te leitura e  cultura. Recitei-te poemas. Fiz-te melodias! Deitas-te tudo isso para o esquecimento. Sabes porquê? Porque eram demasiado profundos para alguém tão vulgar como tu. Para alguém que deixou vender a sua própria alma por coisas tão banais, como o corpo!

Tu não pertences à minha raça. Não vales nada... És vulgar, um simples ser que deambula por aí, à procura  e um destino melhor.
És um cobarde! Pois temes o Amor! Temes que ele te magoe! Temes perder-me! Temes que eu te  abandone, que eu não te ame! Temes que seja demasiado doloroso para ti, que sejas demasiado fraco, que não consigas suportar toda essa angústia que seria de não me ter!
Mas eu amo-te!
Porque não arriscas??
Não te percebo porra!
ÉS UM CEGO!

Se calhar é porque simplesmente não tens alma, já que fora roubada, e eu ainda a tenho. E corpo e alma,  ão se conjugam apenas e só com esses dois ingredientes, cada um tem de ter um pouco do outro. Mas tu alma, já não te resta mesmo nada. Foste morto, pela outra!  Ou então por não saberes como amar-me. Porque receias o Amor...
Por isso, és distante, frio e gélido para quem te sorri. Enquanto que és caloroso, afável e amante para quem te apunhala... Pois não sabes o que é o Amor,  pois receia-lo, teme-lo, foges dele por ser tão verdadeiro, que te custa até crer nele. Foges de mim!

Foge então!
Foge então meu cobarde!

Cobarde!

Cobarde, que eu tanto amo...


Tu.








quinta-feira, 5 de abril de 2012

You don't know how to Love. 
Sorry, but I'm done... with you.






David Fonseca - Someone Who Cannot Love
Deixa lá então... Fica sozinho(a) nos teus medos, que eu cá combato os meus.
Adeus.
Se tens medo, arrisca. Pois só assim saberás se valeu a pena ou não o teu esforço. Não tenhas medo.
Só se arriscares é que podes receber um Sim.
Pensa assim, recebes sempre algo, um Não. Mas há sempre a outra possibilidade, um Sim. 
E se arriscares, pode ser que tenhas o meu...
"Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso."


José Saramago 


Charlie Chaplin.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Em busca de uma outra dor.


Eu fujo. Eu corro. Eu grito!
Eu peço ajuda, e nada. Eu peço que me oiçam, e nem um silêncio. Eu peço um perdão, e nem uma palavra oiço…

Eu pensava que já tinha deixado para trás essa grande mágoa. Mas parece que não.
Á noite, quando sonho com os meus montes verdejantes e com cavalos brancos e pretos e de todas as cores, a lá pastarem, assombram-me aquelas memórias… aquelas terríveis memórias. De uma outra vida, de um outro descontentamento, mas de que ao mesmo tempo me achava mais feliz, menos vazia!
Não o percebo. Não percebo o porquê desta grande confusão neste meu pobreespírito! Supostamente era para me sentir mais feliz num sítio em que existe gente que nos ama, que nos abraça, que chora por nós, que compartilha e sente também as nossas próprias dores… Era suposto ser assim.

Mas porque é que comigo assim não o é também? Que raios!
Que raios de minha gente é que eu sou?? Estes meus pobres de espírito já nem sabem com o que se devem contentar… estou partida. Quebrada. O meu ser, o meu glorioso ser que em tempos eu fui, já partiu.
Partiu desgraçado em busca de uma outra dor, mas menos forte.
A felicidade, não sabe ele o que é. Pois nunca a teve. É triste, ver que esse pobre ser, que em tempos fora eu, glorioso, vitorioso mesmo nas batalhas mais difíceis, acabara por morrer. Não de morrer fisicamente, mas de espírito. De luta. De garra. De esperança…
Eu morri naquela noite. Todo o meu orgulho em meu ser, se desfez em pó nas tuas injúrias… na tua raiva por mim.

 A minha existência, nunca tu o desejaste em ter. a minha alegria, muito menos tu o desejaste em ver. Pois tinhas medo de se confrontar com a tua infelicidade, com a tua injustiça de viver!
Tu não querias. Tu não o desejavas! De que eu fosse mais forte do que tu, de que eu ultrapassasse ventos e marés, enquanto permanecias à minha espera no cais, como se a torcer contra as minhas forças, para te sentires mais leve, mais superior a mim.
Mas caías. Voltavas a cair nos teus infortúnios. Eu chegava sempre ao cais, mesmo tu soprando com quantas forças tu tinhas, as piores tempestades contra mim… Eu caía. Ora eu me levantava. Eu chorava, ora eu me limpava. Eu tremia, ora eu olhava em frente.

Tu nunca o conseguiste, essas minhas proezas. E eu que era uma singela flor, eu que era pura e inocente como o branco dos céus! Mas tu não, tu eras as tempestades, as vinganças dilaceradas, eras as dores de todo o mundo, e de mais nada a não ser de ti.

 Mas agora ali está ela.
 A minha outra pessoa.
 A que saíra, em tempos, gloriosa de um passado assombrado, tenebroso.
Está em busca de uma outra dor, de uma outra dor mais profunda, para se esquecer de procurar a felicidade, pois tem medo que essa também a magoe…














domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Ilha Imaginarium

 Deixa-te estar, aí, na sombra dessa antiga àrvore.
Deixa-te estar a ouvir os sons da Natureza. Dos pássaros a chamar e dos coelhos a saltitar.
Continua a ler, a imaginar essas bonitas paisagens, desses campos verdejantes repletos de papoilas e margaridas, que te convida a te perderes nele, de bom grado. Continua a viajar por essas longas ilhas perdidas, no meio do mar, como que esquecidas e lembradas por ninguém. 
Continua a andar, meio perdido meio recordado desses deja vus, desses rios e caminhos, por onde ninguém anda, apenas tu.

Apanhas agora o barco, rumo a outra ilha. Mais uma entre todas aquelas, sonhadas... Arrancas agora uma das muitas perdidas num dos baús, desta vez do baú dos mistérios.
Arranjas paciência e andas mais uma vez perdido por esses caminhos, caminhos confusos da tua imaginação.
Mas lá a encontras, essa ilha chamada Imaginarium.
Primeiro relembras-te de todos os seus ficheiros: imagens, cheiros, emoções, toques e sons. Depois pegas nessa linha imaginária, a linha que te separa do resto do mundo. Agarra-la bem, e assim te despedes, por um momento, daqui.

Olhas agora pela janela do comboio Saudade. Vês todos os animais mágicos a correrem a teu lado, ouves o barulho do comboio e vês também o fumo da sua chaminé. Olhas mais uma vez para o lado, e os teus olhos cegam-se com a beleza daqueles montes e àrvores, que parecem te querer escutar e te apoiar. Desta vez, são os voadores que te tiram a atenção. Espantas-te com a magia das suas cores vibrantes e completamente novas ao teu olhar, à tua razão. Parece que consegues cheirar as suas penas tão macias e suaves. Ouves os seus gritos de alegria por te verem, vê-los a voar de contentamento e fazerem belíssimos espetáculos no ar de cortar a respiração. Dão voltas, dão piruetas, dão quedas e subidas tão a pique, que quase que parecem que se vão despenhar, ou lançarem-se como um foguete para mais acima do seu céu.

De um momento para o outro o céu perde a sua cor amarelada, e passa a ter uns tons azulados e brilhantes. É a sua Lua a fazer o seu feitiço, a  lançar a sua magia para todo o ar envolvente. Agora ainda ficas mais sonolento e cansado, e ao mesmo tempo quase que apanhado na mente desta Lua. Tem cuidado, pois ela está de olho em ti. Lança-te esses seus brilhos, e leva-te a imaginar ainda outros novos horizontes: uns perigosos, outros assombrados. Acordas, ficas com medo da Lua, e amaldiçoas-la pelo susto que te pregou. Mas não a trates assim, ela simplesmente está a brincar. Tens de compreender que se sente só e que quando se recebe um visitante por estes caminhos, ela não perde a sua única oportunidade de pregar uma pequena partidinha...


Enfim, lá a perdoas, e ela já se sente mais realizada.
O comboio de repente pára. Tu não percebes porquê. 
Levantas-te e espreitas pela porta para veres o maquinista lá mais à frente da carruagem. Ele não está lá. Vais outra vez para o teu lugar e esperas um pouco, com esperança de que o comboio arranque mais uma vez.
Esperas 5 minutos, e nada. Espreitas pela tua porta, e olhas para a porta do maquinista. Essa porta parece que te sorri.
Esperas mais 10 minutos, e nem um som. Andas agora um bocado a pé pelo comboio, comboio esse estranho e misterioso, que nada te diz, mas onde ouves sons estranhos, como que um chamamento.
Esperas 30 minutos, e no final vais até ao lugar do maquinista. Sem sinal de vida, não está lá ninguém. Olhas pela sua janela, na cabide do suposto maquinista, mesmo à frente do seu volante e tudo mais. Através da janela, vês os ramos das árvores na rua, a se mexerem devido à brisa que corre lá fora. Olhas um pouco mais perto da janela, e para cima, para o céu, e vês todas as suas estrelas cintilantes e afáveis à vista. Passa uma lebre a saltitar. Pára à frente da carruagem, olha para ti, e tu para ela, e continua. Ouves agora uma madeira a ranger, é a porta ao teu lado a abrir-se, sozinha,não sabes como.
Dás uns quantos passos, desces as suas pequenas escadas, e estás na rua.
Vês outra vez essa lebre, e agora um pássaro. Meio azul, meio acizentado. Olha para ti como que se tivesse a dizer "Bem vindo.".

Começas a estranhar todo aquele silêncio, e até mesmo a recear do que possa estar para vir.
Então, decides saber do que se passa.
Quando dás mais um passo em frente, o comboio arranca. Começas a correr atrás dele, ele anda mais depressa. Dás mais velocidade à tua corrida, mas sem efeito. Começas a chamar pelo maquinista ou pelo comboio, já nem sabes tu, a dizer "Espere, espere por mim. Não me deixe aqui!". Mas nada, o comboio ainda anda mais rápido.

Já o vês lá bem ao longe. Não percebes porquê, mas tens a sensação do comboio ter ganho vida e te ter deixado ali de propósito. Mas deixas de pensar nisso e esse pensamento vai-se em vão.

Agora que estás totalmente perdido nessa Floresta, ficas com medo. Ouves um som e assustas-te. Sentes alguém tocar-te no ombro, como que a reconfortar-te, arrepias-te, olhas para trás. Nada. Vês então uns ramos de uma árvore a esvoaçarem. Treme para cima e para baixo, para cima e para baixo. É o vento, pensas tu, mas enganado.
Apercebes-te de um caminho de terra à tua frente, e chama-te a atenção uma determinada árvore e nela te deitas. Adormeces, deixas-te cair no sono, e desapareces.

Agora já é de dia. Os pássaros já cantam as suas melodias. Os caracóis, recomeçam as suas demoradas caminhadas. Os esquilos começam a apanha das suas preciosas bolotas. E os coelhos, juntam-se todos para uma jogada de cartas. Estranho? Sim.

Acordas, e apercebes-te desse teu deja vu, desse teu sentimento de saudade. Um coelho, meio esquecido, meio recordado aparece-te à frente e dá-te um Livro.
Começas a esfolheá-lo, lês a primeira página e deliciaste-te com a sua leitura. Chegas a uma página onde se encontra uma linda gravura. É uma ilha deserta, cheia de bosques e animais e uns pássaros de umas cores extraordinárias, que não existem em mais lado nenhum. 
Começas a imaginar como seria estar naquela ilha encantada. Adormeces. Começas a sonhá-la. Ouves um som na tua mente, parece a de um comboio. Esse comboio vai-se aproximando, até que pára, mesmo defronte de ti. Arriscas e decides entrar nesse comboio, que parou como que esperando por ti, não sabes bem porquê.
Lês o que diz o seu destino. O nome parece-te familiar. O seu destino é uma ilha, a ilha Imaginarium.

sábado, 14 de janeiro de 2012



Seems like it was yesterday when I saw your faceYou told me how proud you wereBut I walked awayIf only I knew What I know todayOoh ooh
I would hold you in my armsI would take the pain awayThank you for all you've doneForgive all your mistakesThere's nothing I wouldn't do to hear your voice againSometimes I wanna call youBut I know you won't be there
Ooh I'm sorry for blaming youFor everything I just couldn't doAnd I've hurt myself by hurting you
Some days I feel broke insideBut I won't admitSometimes I just wanna hideCause it's you I missAnd it's so hard to say goodbyeWhen it comes to this ooh
Would you tell me I was wrongWould you help me understandAre you looking down upon meAre you proud of who I amThere's nothing I wouldn't do to have just one more chanceTo look into your eyesAnd see you looking back
Ooh I'm sorry for blaming youFor everything I just couldn't doAnd I've hurt myself
OohIf I had just one more dayI would tell you how much that I missed you since you've been awayOohIt's dangerousIt's so out of lineTo try and turn back time
I'm sorry for blaming youFor everything I just couldn't doAnd I've hurt myself by hurting you
Quando te sentires em baixo olha para o céu: 
de dia - para o sol, pois iluminará o teu caminho
de noite - para as estrelas, pois elas dar-te-ão caminhos.