por muito que todo o mundo te odiasse,
por muito que ninguém visse a bondade que carregavas
no teu rosto,
a teus ombros ...
eu vi tudo
e todo o nada.
foste me muito. do meu sangue
sempre serás.
sempre me foste aquela estrela
que sempre me guiava
para o bem
e para a paz.
mas terrível destino
pousou o fatalismo.
e nossa complementaridade
se destruiu.
brilhavas ainda mais,
para mim,
só para mim
e para o meu caminho.
mas guiavas-me agora
de uma total maneira distante
fria...
apagada...
sombria...
eras agora um diferente absoluto.
guiavas-me agora
para o Mal.
e mesmo assim,
mesmo depois de tudo
mesmo depois de tanto teu brilho
me ter cegado a alma e o espírito
eu acreditei e acredito em ti,
meu sangue envenenado.
mesmo assim,
vejo ao fundo da Esperança
um riacho da tua bondade,
e oiço os gritos desesperados da tua tamanha infelicidade...
é pena teres desitido, teria sido uma história tão bonita.
a história de um mais verdadeiro amor, entre seres da mesma raça,
entre seres desencontrados,
que um dia,
mais tarde,
se voltaram a reencontrar,
e esse amor,
para depois na felicidade,
nunca mais se afastar ...
tenho pena. custa muito.
custou-me muito.
custa-me
saber que a estrela que outrora me dera luz, vida e esperança
era agora a razão
era agora a luta, o lutador
os sete ventos e marés correndo contra mim
agrestes a tudo e todos,
sedendentos apenas
pelo meu
fim...
é terrível,
que o brilho daquela minha estrela
querida,
tenha mudado.
é terrível que essa estrela
criadora do meu celestial caminho
tenha mudado, desistido...
e que a favor, lutava agora
meu
terrível destino ...